É algo parecido aos sonhos, que quando acordamos as coisas não estão lá. Tal deve ser regra na vida sem nunca virar costas a bondade e a compaixão entre os seres. A única certeza que temos é a impermanência das coisas e como tal, devemos estar preparados para ela e levar uma vida livre de apegos e cultivar a compaixão no nosso coração. Olhar para dentro é a solução, pois a nossa mente tem duas vertentes, o olhar para fora que é o que vulgarmente fazemos todos os dias em que pegamos em algo vazio que só por si não justifica existir mas quando olhamos para ele, justificamos a sua existência, mas como tudo na vida, é impermanente. Fazemo-lo no trabalho quando tratamos de papeladas, fazemo-lo ao olhar para um objecto, fazemo-lo quando projectamos soluções para um problema e até quando choramos por emoções, por sentimentos. Outro dos lados da mente é o lado de dentro, a verdadeira natureza da mente, o olhar para nós proprios e descobrir quem verdadeiramente somos e isso é uma tarefa árdua porque por vezes assusta porque vivemos numa cultura que não nos preparou para isso, que não nos habituou a esse processo nem tampoco forneceu ferramentas para usufruir dessa natureza que para muitos é desconhecida. A natureza da mente é realmente o caminho para a compaixão, pois a verdadeira compreensão de nós mesmos e do universo que nos rodeia, ajudar-nos-à a compreensão de todos aqueles que nos rodeia com compaixão. Tal só pode ser qdquirido através da meditação e do nosso virar para o eu mas isso são cenas dos próximos capitulos. A reter é que tudo é impermanente e vazio quando só, e apenas faz sentido quando intervem outro elemento na equação. Levemos por exemplo dois amantes em que um é vazio até chegar o outro que desperta as emoções nele. Como o amante solitário, somos todos vazios até algo nos despertar. Despertemo-nos a nós próprios...
...Quadro: Noite persa - Coulter Watt...
...Quadro: Noite persa - Coulter Watt...
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